qUeiMe dEpoiS de LeR


by Grasiano Creton 2nd edition


* Artigo da Semana

Coco Antes de Chanel


Uma bem vestida história da carochinha


O que você sabe sobre Coco Chanel? Se não tiver curiosidade por estilistas nem recebeu criação francesa, onde a moda é patrimônio nacional, provavelmente ligará o nome a um perfume, uma bolsa ou a um corte de cabelo. Ou ainda à figura vaga de uma estilista imponente e com fama de importante - que você não sabe explicar exatamente de onde vem. Foi o que aconteceu comigo, estimados leitores, não sabia quem era “Coco” pra mim era uma fruta, de que por sinal se extrai uma deliciosa água. Mas numa preguiçosa tarde de sábado ao passar pela locadora de minha cidade encontrei um DVD com o seguinte título: “Coco antes de Chanel (Coco before Chanel)” resolvi levar para assistir, fiquei deslumbrado com o figurino do filme, mas confesso que a história, “ishi” que água com açúcar! Depois de ver tal empolgante filme fui para a internet pesquisar quem foi “Coco” e digo findando este parágrafo, QUE VERGONHA DE MIM! Vocês entenderão melhor ao findar mais um artigo de “qUeiMe dEpoiS de LeR”. Mas sua importância não é gratuita, nem restrita a iniciados. Trabalhando com moda a partir dos anos 1910, Chanel construiu um império e revolucionou o pensamento do século XX. A estilista liberou as mulheres da silhueta firme e conservadora de então, marcada pelo corselete, e introduziu roupas inspiradas no vestuário masculino. Uma explicação simplificada, mas que dá o tom da quebra de conceitos que ela provocou. Não espere, porém, nenhum escândalo de Coco Antes de Chanel (Coco Avant Chanel, 2009), novo filme de Anne Fontaine. Como o título promete, o enredo enfoca os anos pré-império da moda da protagonista. Quem está ali, retratada por Audrey Tautou, não é a poderosa estilista. E, sim, a moça órfã e de família humilde, que costura de dia e canta em cabarés de noite. É nesse meio tempo que Gabrielle, seu nome real, tem seus primeiros (de muitos) romances poderosos e ganha seu acesso à alta roda parisiense. Primeiro através de Étienne Balsan, com quem constrói uma relação esquisita de submissão às avessas. Em seguida vem "Boy" Capel, amigo de Balsan, que se torna seu grande amor e ajuda Chanel a transformar seu hobby de criação de chapéus no embrião da maison que conhecemos hoje.
O figurino, como é de se esperar, é bem cuidado e dá o tom sutil na evolução de pensamento da personagem. Vale destaque também a caracterização de Tautou, que consegue reproduzir a carranca ranzinza de Chanel, com o cigarro na boca caída. Nada tão marcante quanto Marion Cotillard em Piaf, mas funciona. E, infelizmente, é uma das poucas coisas que realmente funcionam. De um ícone francês para outro, a comparação com Piaf é válida. Apesar de mergulhado em sentimentalismo, a biografia da cantora cumpre, com louvor, a missão de apresentar sua história do começo ao fim. Coco Antes de Chanel, por outro lado, não consegue nem mesmo manipular as emoções do espectador. Chanel, pobrezinha, ganhou uma biografia insossa, que não vai, nem vem. É apenas um filme OK, que não conquista quem não está por dentro da história pós-cenas finais. A estilista é reduzida a uma mulher de romances, que soube tirar proveito dos seus homens. Suas motivações e personalidade avant garde ficam para fora, mostrando uma Chanel rasa e entediante.


Audrey Tautou em cena do filme "Coco before Chanel"

Assim, limando as arestas mais polêmicas, Coco Antes de Chanel serve para uma campanha velada de limpeza da reputação da estilista para os novos tempos politicamente corretos. Omite-se cada vez mais seus movimentos mais polêmicos. Como seu envolvimento com nazistas, que lhe rendeu uma prisão por crimes de guerra, um exílio de uma década e o ódio dos franceses. Tudo isso vai para sob o tapete, e a biografia da estilista ganha, cada vez mais, ares de história da carochinha. Uma carochinha muito bem vestida, aliás!



TV
Os itens de moda do remake de Ti-Ti-Ti que devem voltar a fazer sucesso

Ombreiras, polainas e lenços estão entre as apostas ditadas pela novela global


No embalo do remake de Ti-ti-ti, novela das sete da Globo, relembramos o que era moda nos anos 80. Ao olhar os arquivos da trama, percebemos que algumas tendências daquele tempo estão novamente em alta, 25 anos depois. Outras saíram de circulação, como o corte de cabelo estilo Chitãozinho Xororó, que, naquela época, era sucesso absoluto. A escritora da releitura, Maria Adelaide Amaral, teve de adaptar para o nosso tempo as criações dos personagens principais, os estilistas Jacques Leclair (Alexandre Borges) e Victor Valentim (Murilo Benício). Como Ti-ti-ti transita no universo fashion, também apostamos em algumas tendências que o remake vai reforçar nas ruas e lojas.
Lenços
Jacques Leclair, o divertido personagem de Alexandre Borges no remake de Ti-ti-ti, está abusando dos lenços no pescoço. Só nesta semana de estreia, o estilista apareceu usando vários modelitos. O acessório pode ser usado por homens e, mais ainda, por mulheres

Luzes/mechas californianas
Malu Mader, que participou de Ti-ti-ti em 1985, está de volta ao remake, de visual novo, é claro. Na década de 80, ela tinha o corte de cabelo estilo Chitãozinho & Xororó. Agora, arrasa com as luzes californianas, uma das fortes tendências para as madeixas. O degradê nos fios, que deixa as pontas do cabelo mais claras, dá ares de verão à composição
As ombreiras definitivamente estão de volta – mais discretas e menores. Deixam o look elegante, equilibrando a silhueta e levantando os ombros caídos. Nos anos 80, as mulheres buscavam exercer cargos importantes, até então ocupados por homens. Por isso, abusaram das ombreiras, tendência que as deixavam com mais presença.
Polainas marcou a colorida década de 80. E não é que, nas escolas e até mesmo nas academias, já podemos ver mulheres de todas as idades usando polainas? Elas vão bem com vestidos, calça skinny, legging e corsário. Na hora da malhação, são ótimas também para tapar as pernas do frio.





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